quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Cada Soneto Um Moído - Foral

 


O que a História nos comprova é que o Amor é o maior vilão da Humanidade, tomando como base que somos todos feitos para a mal, é claro! Ele sabota todos os nossos planos. Sempre perdoando, estendendo a mão e trazendo em seus poemas os versos da Empatia. Por estes motivos, o Amor sempre foi espancando, açoitado, incriminado e crucificado no decorrer da nossa História. Mas como todo Ser que é oprimido, o Amor se engrandece, se mitifica e se eterniza através do sangue e da dor.

Paulo em carta aos Coríntios verseja: "O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta".

E não é verdade tudo isso? Quem dirá que não? Eu? Jamais! Amo, e por isso sei da importância destes versos! Amo e constato em nossa saga humana toda a dificuldade deste meu companheiro através das estradas do mundo. Observo com meu coração, os grandes desafios e monstros que o Amor, este Paladino da Esperança, enfrenta. Mas ao contrário de outros guerreiros, este não os derrota, mas conecta-se aos seus algozes em uma simbiose fantástica entre o desafiado e o desafiador. E provo o que afirmo:

Até a Convivência, esta Jurema espinhosa que emerge nos campos dos dias, precisa do Amor para crescer. Até o Perdão, este mourão que divide os caminhos da vida, precisa do Amor para se impor. Até os Olhos, estes sois julgadores e causticantes precisam do Amor para se abrandarem. Até a Lágrima, este córrego em que se banha os sentimentos, precisa do Amor para jorrar de sua fonte.

É por estes motivos que é tão importante versá-lo. Todo herói precisa ser idolatrado e propagado para inspirar as novas gerações. Seus feitos precisam ecoar e suas conquistas devem ser comemoradas! E neste planeta não há nenhum herói mais poderoso que o Amor!

Foral

Eu registro por este, com a pena

magnífica do sangue de Jesus,

que um poema singelo eu compus

ao beijar tua alma tão serena.


Eu confirmo por este, com a plena

esperança que sempre nos conduz,

que tu és um regalo, minha luz,

ante o mal que queima e que condena.


E que voe pelas Linhas do Infinito

o riquíssimo, raro e riscoso rito

de um Amor que proclama: – Eu existo!


E cuidemos! Pois, nada é definitivo

no Existir que nos diz afirmativo:

– Todo Amor que há no mundo é um Cristo!


Clique no link abaixo para ouvir este soneto declamado:






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